Os jogadores do Boavista aceitaram a proposta da SAD e vão jogar este domingo com o Nacional, afastando desse modo o cenário de greve, criado por salários em atraso. Numa conferência de imprensa que juntou a administração da SAD, os futebolistas do clube e o Sindicato de Jogadores, foi o presidente deste organismo, Joaquim Evangelista, que explicou a decisão.
«Hoje vai ser pago um cheque garantia que suporta um mês de salário. O mês e meio em falta ficou garantido que será liquidado até 5 de Maio», disse o sindicalista, que trocou elogios com o administrador Álvaro Braga Júnior. Ambos afirmaram que a vontade de toda a gente era que houvesse jogo amanhã.
O pagamento, como o Maisfutebol já tinha adiantado, começará por ser feito através das contas particulares dos responsáveis axadrezados. Os directores vão pagar um dos dois meses e meio que estão em atraso ainda este sábado, com os cheques a chegarem às mãos de todos os jogadores.
Apesar disso, haverá uma triagem motivada pela urgência. Os jogadores com casos financeiros mais dramáticos vão poder depositar os cheques já na segunda-feira, enquanto os restantes poderão depositá-los terça ou quarta-feira conforme a situação económica de cada um.
Depois disso, existe uma garantia «pessoal e real», disse Evangelista, de que a SAD do Boavista conseguirá através de uma empresa pagar os restantes vencimentos em atraso. Essa mesma empresa irá ressarcir os dirigentes pelo dinheiro adiantado para o primeiro mês. A data para que todo o processo termine ficou estabelecida para 5 de Maio.
Segundo explicou Álvaro Braga Júnior, há negociações avançadas com esse investidor, que não poderão ser concluídas antes de dez ou doze dias porque o presidente da mesma está ausente em férias. Quando regressar ao Porto, o acordo será selado e poderá mesmo garantir financiamento ao clube para além deste caso particular.
O presidente da SAD aproveitou ainda para elogiar o plantel. «Nunca ouviram da minha boca qualquer crítica a estes jogadores. Também não ouviriam hoje caso decidissem não jogar com o Nacional», referiu. «Entendo a posição que tomaram assim como a do Sindicato. Nesta altura, a única parte que não deve estar contente é o Nacional», afirmou.
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