Mourinho explicou à Comunicação Social portuguesa as razões porque saiu do Chelsea e garantiu que não vai treinar a selecção nacional. O treinador comentou ainda o castigo de Scolari e desejou boa sorte ao seleccionador, sublinhando que acredita no apuramento de Portugal para o Europeu 2008.
Sobre a possibilidade de treinar a selecção: «Sempre disse que a selecção nacional era uma obsessão para mim, mas também sempre disse que seria algo a realizar na parte terminal da minha carreira, onde a Selecção surgiria como uma emoção ímpar, algo especial do coração. Se em Portugal, agora, existem pequenas dúvidas, ou pontos de interrogação, para bem de todos, espero que sejam rapidamente ultrapassados e eu não quero fazer parte desses pontos de interrogação. Não saí do Chelsea para ir para a Selecção, nem vou treinar a Selecção, de certeza absoluta.»
Sobre a agressão de Scolari a Dragutinovic no final do Portugal-Sérvia: «Acho que ao longo da carreira todos nós temos momentos bons e menos bons e ele teve agora o seu momento menos bom. Na minha opinião, meramente pessoal, acho que nós temos obrigação de, com a experiência, nos irmos educando a nós próprios e cometendo cada vez menos erros, mas não somos infalíveis. Eu também já cometi os meus erros e irei continuar a comete-los, de certeza absoluta. Não vou ser eu a disparar a arma por um erro cometido. Penso que quando o jogo acabou e antes do treinador ter feito as suas intervenções, quer na flash-interview, quer na conferencia de imprensa, bem assessorado e bem protegido, com pessoas que o pudessem influenciar imediatamente, a imagem que não foi boa podia ter sido completamente modificada. Essa é uma opinião meramente pessoal.
O meu sentimento em relação à selecção nacional é só de apoio. Críticas zero, dúvidas não quero e só quero apoiar. Tenho filhos em casa que são educados pela mãe com um sentido fantástico de patriotismo e que gritam quando Portugal ganha e se chateiam quando Portugal não ganha. Para Portugal tudo de bom e para Scolari, enquanto ele for treinador da selecção portuguesa, tudo de bom também.»
Sobre o castigo de suspensão de quatro jogos: «Não faz falta. Não há problema. Eu estive suspenso no Lázio-Porto, na meia-final da Liga dos Campeões, e o Porto empatou no Olímpico de Roma e foi à final. Estive suspenso no Chelsea-Bayern Munique e ganhámos por 4-2 e o Chelsea passou à meia-final da Liga dos Campeões. O trabalho dos treinadores é feito basicamente antes dos jogos. Os seus adjuntos, bem preparados por ele, poderão tomar no momento certo decisões parecidas com aquelas que ele teria se estivesse lá sentado, e isso é facilmente ultrapassado. Portugal tem um bom staff, bons treinadores e ele vai de certeza preparar a equipa de maneira a que Portugal se vai qualificar sem qualquer tipo de problema. Depois no Euro [ele] vai estar no banco, com toda a motivação e força. Como todas as pessoas inteligentes que fazem borrada ele vai demorar muito tempo a voltar a fazer. Da minha parte não há problema, nem dramas.»
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