Reportaagem de Diogo Ribeiro na Holanda, em de lutt, no estagio da selecção sub-21.Num ano apenas Antunes virou a vida do avesso. Passou do modesto Freamunde para o P. Ferreira, é cobiçado em vários pontos da Europa e chegou à selecção principal. Pelo meio foi também convocado para a selecção sub-21, para estar no Europeu. Algo que há um ano parecia impossível. «Claro que não esperava um ano destes», garante com toda a sinceridade. «Tive a felicidade de dar o salto para o P. Ferreira e de entrar bem na equipa, depois fui chamado aos sub-21, com sorte fui chamado à selecção AA. Não posso dizer que estava à espera, porque não estava, nunca pensei que pudesse acontecer tudo isto tão rapidamente».
O Europeu de sub-21 é apenas um ponto de passagem, de resto. Quando terminar, não significa para o lateral-esquerdo o fim da época: logo a seguir vem o Mundial de sub-20 no Canadá. A temporada ameaça ser longa, por isso. «Se não tiver férias, não faz mal», diz. «Muitos dariam tudo para estar no meu lugar. Mais oportunidades surgirão para ter férias». Cansaço também não é coisa que assuste o jovem de vinte anos e que se anuncia cheio de vontade. «Para a selecção estou sempre disponível. Claro que chega uma altura em que bate algum cansaço, mas depois paro, descanso e tudo passa. Importante é aproveitar tudo isto».
Pelo meio falou-se de como ele vive tudo isto. Pelos vistos, vive um bocadinho em silêncio. O jovem afirma-se reservado, o que se nota no contacto com os jornalistas. «Sou pouco calado, sou mesmo assim, faz parte do meu feitio», refere. «Na selecção principal foi ainda pior que nos sub-21», sorri. «Não falava com ninguém. Tentavam puxar por mim, mas eu sou um bocadinho calado, sou mesmo assim». Apesar disso, Antunes sentiu-se bem com a camisola nacional. Há familiares que ma pedem, mas aquela camisola é importante para mim e vai ficar lá em casa. Espero ter mais camisolas daquela selecção para depois oferecer».
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