


Foi mesmo o adeus ao título? O Benfica empatou em casa com o Sp. Braga (0-0) e são (muito) poucos os que acreditam que é possível aos «encarnados» chegar ao primeiro lugar da Liga. Para além deste facto, o segundo lugar deixou de pertencer às «águias». Agora a prioridade do clube da Luz será a conquista do segundo lugar, que dá acesso directo à Liga dos Campeões.
Na equipa do Benfica a novidade foi o regresso de Rui Costa à titularidade para a Liga quase dois meses depois (último jogo havia sido na Choupana a 18 de Fevereiro). Com a inclusão do 10 no onze, Simão fez companhia a Nuno Gomes na frente. No Sp. Braga Jorge Costa fez uma gestão do plantel, devido à meia-final da Taça de Portugal na próxima quinta-feira no Restelo, a apresentou um onze renovado. A jogar em 4x2x3x1, o técnico dos bracarenses deu a titularidade ao lateral-direito Pedro Costa, ao médio Castanheira e aos avançados Davide e Chmiest.
Mesmo com as alterações a postura de ambas as equipas em campo foi bastante positiva. Como que obrigados a vencer, benfiquistas e bracarenses fizeram um jogo aberto, com várias oportunidades de golos.
Quer Benfica, quer Sp. Braga poderiam ter marcado na primeira parte, mas não o conseguiram. Apesar do nulo verificado ao intervalo, quem assistiu ao jogo da Luz viu boas defesas (principalmente de Paulo Santos, como a que negou o golo a Karagounis, 33m) e estragos de Rui Costa e Simão, ou de Chmiest e Cesinha.
No início do segundo tempo Fernando Santos efectuou logo uma alteração. Deixou Léo nos balneários e fez entrar Mantorras. Os benfiquistas mantém-se fieis ao angolano que foi premiado com aplausos, depois de uma semana marcada pelas polémicas declarações do camisola 9. Com esta alteração Katsouranis recuou para a posição de central, passando David Luiz a actuar descaído para o lado esquerdo da defesa. Nuno Gomes recuou para o meio-campo, ficando Simão e Mantorras na frente de ataque.
A atitude das duas equipas voltou a ser a mesma da primeira parte, com a bola a estar sempre presente nas áreas. Com os acertos defensivos os jogadores do Benfica tentaram várias vezes a sorte com remates de longe. O flanco esquerdo os «encarnados» esteve muito mais ofensivo, com David Luiz a adaptar-se bem à posição de lateral e a não ter medo de subir no terreno, dando profundidade ao ataque.
Faltou um bocadinho assim...
Com o golo a tardar em aparecer, Fernando Santos retirou Nuno Gomes (67m) e fez entrar Derlei. Os adeptos assobiaram, descontentes com a opção. Os benfiquistas voltaram a manifestar-se aos 78m quando João Pinto saiu (entrou Andrade). O ex-jogador de Benfica e Sporting foi assobiado cada vez que pegou na bola, mas quando saiu foi premiado com fortes aplausos, com os assobios a ouvirem-se muito pouco.
No relvado o jogo continuou bem disputado. Uma boa jogada de Simão aos 79 minutos, só não deu golo porque o remate de Mantorras saiu ao lado. No minuto seguinte foi de cabeça que o angolano falhou o alvo. Foi sempre assim: o golo a não surgir por muito pouco.
Como que desesperado com a ausência de golos, Fernando Santos jogou o «tudo por tudo» aos 85 minutos: tirou Nélson e colocou Manú em campo. A defesa «ecarnada» ficou remendada mas não foi posta à prova. Nesta fase do jogo o Sp. Braga já jogava com menos um. Luis Filipe lesionou-se e como as substituições esgotadas, a equipa de Jorge Costa terminou o jogo sufocada, mas conseguiu segurar um importante ponto, que não retira a equipa do quinto lugar. O quarto lugar ficou mais longe, mas a Europa não está comprometida.
Comprometido ficou sim o título para o Benfica. E de que maneira! Os assobios dos benfiquistas reflectiam o desacreditar. O desalento dos jogadores «encarnados» foi evidente. Uma jornada negativa para o clube da Luz que deixou fugir o Sporting e caiu para o terceiro lugar da tabela classificativa. Agora o Benfica está a cinco pontos do F.C. Porto e somou o quinto jogo consecutivo sem vencer.
Sem comentários:
Enviar um comentário